Muitas vezes, com o fim da licença maternidade, é preciso colocar a criança na creche para que a mãe volte ao mercado de trabalho. Infelizmente, o início das idas para creches ou escola significa para muitas famílias o início de uma série de doenças.
Quem conhece alguma família que colocou uma criança na escola ou creche há pouco tempo, certamente já ouviu essa história: desde que nasceu o bebê apresentava uma saúde de ferro, mas foi só começar a ir para aula que em pouco tempo veio gripe, resfriado, mão-pé-boca, gastroenterite, dentre outros.
Quando ocorre a escolite
Sabia que esse cenário não é uma mera coincidência das crianças que você conhece e inclusive tem nome? Sim, a escolite, também chamada de síndrome da creche ou crechite é um termo comumente utilizado para se referir a um conjunto de sintomas que afetam as crianças que frequentam creches ou instituições de cuidados infantis.
A prevalência é maior em crianças de 2 a 5 anos, contudo é possível que qualquer aluno que esteja em um novo ambiente com muitas pessoas até então desconhecidas, seja acometida. Isso acontece pois reflete o mecanismo de criar resposta imunológica a doenças que o indivíduo ainda não foi introduzido.
Mesmo que seja bastante cansativo e te cause muita preocupação lidar com esse maior fluxo de doenças e uma criança adoentada, pode ficar tranquilo que provavelmente não há nada de errado com a saúde do seu filho. A verdade é que com o convívio mais intenso com outras crianças, a chance de germes, bactérias e doenças se espalharem também é maior.
Nesse artigo, esperamos te dar algum conforto sobre essa situação ao explicar mais sobre a escolite, quando é necessário se preocupar e quais são as doenças que mais costumam aparecer nos ambientes educacionais.
Os principais sintomas da escolite:
As creches e escolas são ambientes ideais para a difusão de vírus. Portanto, é comum que as doenças que venham a aparecer nos seus filhos sejam associadas a eles. Apesar disso, é importante lembrar que a síndrome da creche não é uma condição médica reconhecida, então os sintomas podem variar.
Geralmente é comum encontrar em crianças com escolite os seguintes sintomas:
- Resfriados frequentes
- Infecções respiratórias
- Gastroenterite
- Dores de estômago
- Dores de cabeça
- Febre
- Diarreia
- Vômitos
- Fadiga
- Infecções oculares (como conjuntivite ou terçol)
- Infecções na pele (como sarampo ou catapora)
- Doença pé-mão-boca
Lembre-se que a maior parte desses sintomas estão associados a doenças que se espalham facilmente através de contato com outras crianças que possam estar adoentadas ou com o compartilhamento de comidas, brinquedos e itens pessoais.
Portanto, se você achar que o seu filho tem sentido mal-estar de uma maneira que não está dentro desse escopo, é importante procurar o médico de confiança da sua família ou pronto-socorro. Em alguns casos mais raros, a quantidade de doenças pode indicar alguma deficiência imunológica da criança.
A pessoa mais adequada para entender a gravidade dos sintomas do seu filho é um profissional de saúde. Por isso, mesmo que estejam passando por um caso simples de ser lidado, a melhor maneira de tratar qualquer doença é através do diagnóstico clínico.
Possíveis causas emocionais da síndrome da creche:
É claro que o ambiente escolar facilita a proliferação de doenças. Mas não podemos descartar que em alguns casos, as crianças que frequentam creche podem estar sofrendo algum estresse emocional e psicológico.
Isso porque a entrada na vida escolar representa uma grande mudança na vida dos pequenos. Muitas vezes eles passam a conviver com um círculo maior de pessoas do que estão acostumados, seus horários mudam drasticamente e o tempo passado com as suas figuras de confiança também pode diminuir muito.
Caso sinta que a carga emocional do início das aulas esteja um pouco maior do que o seu filho está acostumado, listamos nesse artigo algumas atividades que podem ajudá-lo a entender esse novo momento.
Como diminuir a síndrome da creche:
Como retirar as crianças da escola não é algo possível, existem algumas dicas do que pode ser feito para que seu filho fique saudável e tenha sintomas mais brandos.
- Esteja com a esquema vacinal do seu filho em dia, pois além das vacinais obrigatórias, pense em dar a vacina de gripe para a criança, que deve ser reaplicada anualmente.
- Certifique que seu filho esteja com uma dieta equilibrada, que forneça nutrientes necessários para que o seu sistema imunológico fique cada dia mais forte.
- Caso o seu filho esteja ficando doente com muita frequência, tente limitar outras situações sociais parecidas com a creche por um tempo (como aulas extracurriculares)
- Procure acabar com o uso de chupeta e chupar o dedo. Essa é uma maneira muito comum de entrar em contato com germes e bactérias.
- Cuide para que seu filho faça atividades físicas e durma o tempo necessário. Esses pontos, apesar de não serem relacionados com doença, podem ajudar a fortalecer o sistema imunológico deles.
- Ensine o seu filho a lavar frequentemente as mãos e higienizá-las com algum desinfetante a base de álcool que seja compatível com a idade dele.
Por fim, não se esqueça que esses tipos de infecções são muito comuns no primeiro e segundo ano de convívio escolar e geralmente não tem motivo para se preocupar. Sempre que o seu filho ficar doente, não hesite em ligar para o pediatra para saber quais ações tomar.
Com os cuidados certos, vocês conseguirão passar dessa fase da melhor maneira possível!
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